Não tenho palavras pra descrever minha indignação com uma coisa dessas. É inaceitável ver uma torcida de futebol gritando algo assim. Todos sabem que temos violência em várias torcidas organizadas, principalmente nas dos clubes grandes, mas a esse ponto de gritar "A violência voltou" eu nunca tinha visto.
Nos resta lamentar e esperar atitudes das autoridades.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Inacreditável
Postado por Douglas Garcia às 22:05 2 comentários
Marcadores: esporte, futebol, torcida organizada, violência
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Inevitáveis escolhas
Como prometido, venho compartilhar a dúvida que me acompanhou durante os últimos meses. Há uns dois anos, fazendo cursos descobri que tinha uma grande vocação para administração. Meu espírito de liderança(mandão), meu gosto pelas matérias (geralmente aprender a mexer com dinheiro ou manipular as pessoas) e a sede pelo conhecimento (dinheiro) me fizeram perceber que eu realmente gostaria de seguir essa carreira de administrador.
Aí foi uma beleza, passei mais de um ano e meio com essa certeza na cabeça e fiz até técnico pra chegar na faculdade com um conhecimento básico e conseguir um estágio com mais facilidade. Vários amigos e parentes me elogiavam pela minha certeza numa epóca em que muitos ficam em dúvida no que fazer. Mas sempre que a coisa tá boa acontece algo pra atrapalhar.
Acabei descobrindo um curso muito legal e uma proposta totalmente inovadora de uma universidade federal através de um professor e um amigo. O mais interessante é que o curso tinha tudo a ver com a minha idéia (até 2012 eu posso), afinal bacharelado em ciência e tecnologia (posteriormente engenharia de energia) e administração são praticamente o mesmo curso. Fundamentos da biologia e Introdução à Administração são a mesma matéria, só muda o nome mesmo.
Pra ser sincero, fiz os dois vestibulares sem estudar. O problema é que eu dominava muito mais as matérias que caíram no de administração. Enquanto consegui uma nota excelente nele, consegui uma média final medíocre no da federal. Então pensei: o vestibular decidiu por mim. Comecei o curso de administração e esqueci a situação. Mas, alguns dias depois, acompanhando o andamento das matrículas, percebi que tinha muitas chances de passar numa das últimas chamadas da federal. Aí a duvida começou novamente.
No último mês eu mudei tanto de idéia e pensei tanto nisso que agora até eu estou de saco cheio desse papo. Semana passada tive certeza que se meu nome saísse eu entraria. Fiquei com essa idéia na cabeça e até confirmei para os mais próximos. Aí no começo desta semana, mudei de idéia e resolvi ficar em administração mesmo. Até então meu nome não tinha saído.
Quarta-feira de manhã, aula de Tecnologia da Informação, eu no laboratório da faculdade, entro no site da federal e vejo meu nome nos aprovados em quarta chamada. Na hora aquilo me balançou, já não tinha mais tanta certeza assim do que faria. Adiei bastante minha decisão, tive conversas importantes com várias pessoas e hoje escrevo porque já decidi. Vou ficar em administração mesmo, realmente faz mais o meu perfil.
Me orgulho de ter podido escolher entre dois projetos de carreira tão promissores. Também me orgulho de estar estudando na 4ª melhor faculdade de adm do Estado de São Paulo (8ª do Brasil) e de ter passado (mesmo que na quarta chamada) no vestibular de uma universidade federal. Torço para que o projeto ainda tão contestado desta federal seja um grande sucesso assim que se formarem os primeiros alunos e estes entrem no mercado de trabalho.
Sempre vou me lembrar disso, mas nunca como um arrependimento e sim como uma boa lembrança, algo que me fez refletir mais sobre minha carreira e amadurecer um pouco mais me permitindo tomar minhas próprias decisões.
E só pro post não ficar muito sério resolvi colocar uma pérola no final. Essa vai em homenagem ao meu amigo Hudson, que eu não vejo há um bom tempo, mas que sempre estará entre meus melhores amigos:
Eu, Luiz, Lucas e Hudson na piscina do prédio do Luiz após um futebol na quadra. Todo mundo cansado, aproveitando a água gelada para relaxar os músculos, jogando papo fora quando o Lucas resolveu pular na água. Vendo o movimento de seu amigo rumo à grande banheira, nosso amigo Hudson soltou uma inesquecível:
- Lucas, dá um triplo mortal duplo.
Como diria uma amiga minha, sensacional.
Postado por Douglas Garcia às 17:27 0 comentários
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Administrando...agora o futebol
No último post recebi um comentário da Amanda que me fez pensar bastante. Realmente quem o leu pode pensar que eu não estou animado com o curso de Administração. Refleti bastante e percebi que esse problema do capitalismo, exploração do próximo, competição predatória e etc não é um caso isolado desse curso apesar dele estar intimamente envolvido com essa realidade. Em quase todas as áreas profissionais do mundo você fará parte desse ciclo vicioso. É uma pena, mas é verdade. E fica a nosso critério: fechar os olhos para essa realidade ou tentar mudá-la.
O sistema econômico é só uma parte de toda injustiça existente no mundo. Acabamos voltando ao ponto crucial da sociedade que envolve eleições, educação, conscientização e toda aquela gama de fatores que fazem o mundo ser como ele é. E quem sou eu para discutir soluções para um mundo inteiro?
Um outro assunto que me ocupou muito o pensamento nos últimos dias foi o futebol atual. Não o esporte em si, até porque eu estaria entrando em um assunto no qual alguns dos poucos leitores do meu blog não se interessam. Mas, sim, na realidade econômica do futebol. Não torcemos mais para clubes e sim para empresas. Hoje ganha campeonato o clube que é melhor administrado e não o que revela mais talentos (apesar desses fatos estarem interligados às vezes). Uso como exemplo o São Paulo, que nos últimos anos tem ganhado vários títulos não porque teve a sorte de revelar jogadores como um Zico ou um Pelé, mas porque tem no setor adminsitrativo um time mais competente. O jogo hoje não é mais dentro das quatro linhas do estádio, mas dentro das quatro paredes dos escritórios dos clubes e empresários.
Pensando racionalmente esse é um fato muito agradável: os jogadores hoje são trabalhadores como outro qualquer com seus direitos e deveres, o dinheiro dos clubes é melhor administrado, os clubes tem muito mais força para lutar pelos seus direitos e tudo está legalizado perante a lei. Claro que tudo isso na teoria, porque existem muitos exploradores e picaretas nesse meio. Mas, se pensarmos por esse lado, não existe praticamente nada justo no mundo.
Mas e a paixão dos torcedores pelos clubes? Quem realmente torce para algum clube deve saber do que eu estou falando. Nossa torcida fica condicionada ao trabalho da diretoria. Semana passada mesmo eu estava comemorando que o novo presidente do Palmeiras é um dos melhores economistas do Brasil. Será que isso é bom? Há 50 anos atrás os clubes já tinham uma certa administração, mas a coisa era mais livre, não existia um comércio tão grande de jogadores, eles de identificavem com o clube e ganhava campeonato quem desse sorte de revelar grandes jogadores. E esse era o barato porque ficava imprevisível quem seria o campeão antes que os grandes talentos aparecessem. Agora a coisa é mais certinha. É só um clube começar com uma boa administração que daqui há alguns anos ele estará comemorando títulos.
O futebol como um negócio pode ser um avanço em muitas áreas, mas é injusto com o amor aos clubes que muitos brasileiros têm. E esse amor é algo que não se explica, é algo que faz homens se abraçarem, chorarem como criancinhas e está presente em milhares de pessoas não só no Brasil. Eu mesmo já pensei em parar de torcer para o Palmeiras quando percebi que o dinheiro comandava o futebol atual, mas é algo maior do que eu.
(Percebo que cada vez mais critico o capitalismo e suas vertentes em meus posts - logo eu, que tenho praticemente todos os sonhos baseados nele)
Bom, próximo post a historia de um rapaz indeciso na escolha da faculdade.
Postado por Douglas Garcia às 18:42 3 comentários
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Administrando
Uma semana e meia de aula já na facul (é isso mesmo...minha aulas começaram dia 21 de janeiro) e eu comecei a pensar no meu futuro como administrador. Isso se eu for virar mesmo administrador já que ainda tenho chances de entrar numa universidade federal pra fazer Engenharia (de gestão ou de energia). Cara, é foda você viver se aproveitando desse capetalismo que reina na nossa sociedade. Algumas vezes eu me pego tendo uns pensamentos que me dão medo sobre o que é o limite para se ganhar dinheiro numa empresa.
Aí, para ajudar, a professora de Intodução as Ciências Sociais e Políticas (nome bonito, não?) não comparece a aula porque está no Fórum Social Mundial (me pergunto se ela estaria ontem na passeata a favor da maconha) e nos deixa para assitir o filme The Corporation que mostra grandes corporações explorando sem dó homens, animais e ecossistemas em busca do lucro para seus acionistas. Não sou desse tipo mas teve gente saindo da sala com vontade de explodir grandes empresas.
Essa semana brinquei com um colega de classe falando que como estávamos numa sala de administração só tínhamos mercenários, interesseiros na sala, mas tenho medo de que isso seja verdade. Em apenas uma aula eu fui obrigado a ouvir duas frases que se encaixam muito bem nesse pensamento: "A ambição é o que move o mundo" (a frase do semestre segundo a professora de Introdução a Administração) e "O que vale um milhão não é a ideía, mas a aplicação da idéia" (essa deve estar escrita na cabeceira da cama do Bill Gates, né?).
Acho que cada homem possui seus ideais políticos, pessoais, de conquista, mas deixa boa parte de lado quando percebe que o "sistema" o obriga a trabalhar como um condenado para poder sobreviver. Ou ainda, com mais sorte ou competência, quando ele percebe o luxo que o dinheiro pode lhe proporcionar enquanto outros milhões trabalham como um condenado para poder sobreviver. Não sei se estou preparado para entrar nesse mundo, nem sei se sou obrigado a entrar nesse mundo. Mas, talvez, eu já esteja com minha mente inserida nele e nem percebi ainda.
Espero ler este post daqui há 10 anos e me orgulhar das descisões que tomei durante esse tempo. Só não sei se terei orgulho do quanto eu batalhei nesses dez anos para viver como um condenado sem esquecer meus ideais ou se terei orgulho de estar com um bom padrão de vida sem esquecer meus ideais.
Agora, discutir os ideais já é assunto pra vários outros posts se um dia eu realmente vou escrever sobre isso.
Como disse no último post, gosto é gosto mas achei digna de ser postada nesse blog a piada de uma colega de classe. Provavelmente, ela nunca vai ler mesmo então não preciso dar os créditos:
A professora nos deu um texto para ler onde o autor defendia que faltavam administradores no Brasil para tudo. Aí no meio da aula, a energia elétrica parou de funcionar, a lâmpada de emergência(ou a luz de incêndio como disse outra colega de classe) não funcionou e então essa colega disse:
- É que faltou gente pra administrar a lâmpada.
Sensacional.
Postado por Douglas Garcia às 01:16 7 comentários